Contra o Internacional, Cuca não tinha Montillo. O Colorado não contava com D’Alessandro. A ausência do argentino representa a secura de criatividade no meio-campo das duas equipes. A alternativa era a movimentação e foi assim que o Cruzeiro saiu na frente com Éverton se projetando às costas de Nei e aproveitando brilhante passe de Jonathan. Diante do Inter, Cuca mostrou mais uma vez o que o destaca no início de trabalho em Minas Gerais: a capacidade de anular o adversário.
Thiago Ribeiro e Jonathan não deixaram Kléber avançar, Marquinhos Paraná e, especialmente, Henrique desarmavam com precisão e tiraram Tinga e Giuliano do jogo. A primeira falta da equipe mineira foi cometida aos 30 minutos e o Colorado finalizou apenas uma vez no primeiro tempo.
Nos 20 minutos finais do jogo, o Inter ganhou mais posse de bola, Giuliano recuava para buscar o jogo e Tinga se projetava mais. Mesmo assim, o time gaúcho quase não ofereceu perigo. Poderia ter chegado ao empate no pênalti de Gil sobre Leandro Damião, não marcado pelo árbitro – que deixou de expulsar Guiñazu, minutos antes. Ao Cruzeiro faltou mais força nos contragolpes para definir a partida. O time de Cuca venceu sete vezes, seis por um gol de diferença. Com muitos empates e poucos gols de saldo, os mineiros sempre estarão em desvantagem em critérios de desempates, a continuar assim.
A partida é a primeira derrota contundente de Celso Roth no Internacional que administrou o 2x1 diante do São Paulo e atuou com o time reserva no 3x0 aplicado pelo Fluminense. A equipe gaúcha tem condições de brigar na parte de cima enquanto quiser pensar em campeonato brasileiro. O Cruzeiro chega a quarta vitória em cinco jogos. A arrancada mineira tem a cara do time: consistente. É essa regularidade, aliada ao brilho que Montillo oferece a equipe, que dá a ideia que a Raposa pode ainda sonhar alto no campeonato.
Um comentário:
Jogo difícil, mas o Inter foi realmente anulado em Uberlândia.
Os únicos riscos à defesa foram em afobações do Gil. Leo jogou simples, jogou a bola para lateral com humildade de quem quer ser titular pelo esforço.
A defesa ainda tem dificuldades em jogadas de bola parada.
Marquinhos Paraná não marca bem este tipo de jogada.
A opção por ele, ao invés de Fabinho, está mais ligada à saída de bola.
Há dois Cruzeiros. Um com 3 volantes que jogam. Outro com 3 meias que marcam (Tiago Ribeiro joga recuado)
Dois times treinados para variações de jogo. Além do preparo físico exemplar dos jogadores.
Vale a pena acompanhar.
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