quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Desespero do Goiás foi bom para o Atlético

No jogo do pior contra o terceiro pior time do campeonato brasileiro, a tática era óbvia: ganharia o jogo quem aproveitasse os muitos erros que o adversário cometeria. Foi assim que o Goiás saiu na frente no início da partida após pênalti que Rafael Cruz cometeu e Bernardo marcou. Até os 35 minutos de jogo só se viu Goiás em campo com seis finalizações e quatro escanteios contra nada do adversário. Até que Obina marcou, também de pênalti e o time da casa se perdeu.

Ainda no primeiro tempo, o Atlético teve três boas chances de marcar, mas não conseguiu. Voltou para a etapa final se defendendo e aguardando o erro dos goianos. Para afundar ainda mais o time de Jorginho, bastou ao Atlético ser inteligente e esperar. Se a intenção de Vanderlei Luxemburgo em tirar Ricardinho e Diego Souza do time principal era motivar seus jogadores, deu certo: a jogada do gol da virada sai com os dois e Diego Souza fuzilando Harley.

A última vitória do alvinegro como visitante em campeonato brasileiro havia acontecido há exatos 10 meses – quando bateu o próprio Goiás por 3 a 2 no Serra Dourada. Obina, autor de dois gols, segue com status de talismã: desde que chegou, a equipe só não venceu uma das sete partidas em que o atacante marcou. O Goiás chega à 11ª partida sem vencer e iguala seu recorde negativo na Série A (em 2006 foram quatro empates e sete derrotas em sequência). Além disso, segue como pior mandante e passou a ter defesa mais vasada da competição com 32 gols. Não fosse pouco, ainda teve o presidente afastado e o novo treinador acabou de chegar.

As marcas negativas do Goiás apontam para a resposta de que é cedo para falar em evolução no Atlético. Hoje, é justo dizer que o time mineiro soube usar o desespero adversário a seu favor.

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