segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Futebol pobre, explicações vazias

A vantagem de 2 a 0 construída pelo Vitória no início do jogo poderia ter sido fruto de um começo incrível do time baiano. Não foi. O time de Ricardo Silva jogava bem (como fazia até a saída do treinador), mas dificilmente pensaria enfrentar um adversário tão facilmente derrotável como era o Atlético até os 30 minutos de jogo. Elkesson, Egídio, Bida, Henrique. Todos tinham liberdade.

O Vitória se fechava bem com César Santiago em Daniel Carvalho, Eduardo em Diego Tardelli e Bida marcando Ricardinho. Não fosse a expulsão justa de Anderson Martins, o Vitória provavelmente deixaria Sete Lagoas com uma goleada conquistada. Com um a mais, o jogo se transformou em pressão atleticana que resultou no gol de Daniel Carvalho em jogada individual. O erro de Ricardo Silva no primeiro tempo, sacando Elkesson para recompor a defesa e deixando os dois atacantes sem ligação, era sentido em campo por um time que não passou a não criar nada.

No segundo tempo, o Atlético tinha Tardelli, Berola, Obina, Daniel Carvalho e Diego Souza em campo. Meio time exclusivamente ofensivo para encurralar o Vitória. Após o empate, fruto de rara troca de passes lúcidos do Galo, a sensação era de que se aproximava a virada. Só sensação. Em cobrança de falta despretensiosa na intermediária, a defesa do Atlético assistiu Henrique fazer o gol decisivo. O bom jogo da equipe rubro-negra é de surpreender pelo momento vivido – então sete jogos sem vencer. A atuação desencontrada do Atlético não é novidade.

O time rebaixado de 2005 tinha 22 pontos com 13 derrotas e 35 gols sofridos após 23 rodadas. O atual soma 21 pontos, perdeu 14 vezes e levou 40 gols. O atleticano faz as contas e vê que são necessárias oito vitorias nas 15 rodadas restantes para se evitar o desastre. Procura respostas e encontra um Vanderlei Luxemburgo vazio divagando sobre sua história de sucesso que começou com uma vida sofrida. Ora, Luxemburgo é vitorioso e disso todos sabem. O que ninguém faz ideia é como o técnico pode estar tão seguro que, sem mostrar o mínimo de futebol organizado, o Atlético não vai ser rebaixado.

Um comentário:

Anônimo disse...

Os jogadores fizeram um pacto pelas vitórias, mas esqueceram de avisar para o Fábio Costa, Macedo, Campos e o Caceres.Com estes 04 em campo é derrota na certa, sem falar do Jackson, Jheimy, Joedson, Berola e Bueno.

É com enorme dor no coração que vejo nosso galo a passos largos rumo á Série B novamente.

Breno Machado