O Cruzeiro não precisou ser brilhante para vencer o Atlético-GO por 3 a 0 – placar mais dilatado da equipe mineira na competição. O time de Cuca foi consistente, não deu oportunidade para o adversário levar perigo e construiu naturalmente o resultado.
Cláudio Caçapa abriu o placar aos 32 minutos. Gol que não saiu antes graças a forte marcação da equipe goiana. Forte literalmente. Gilson fez falta duríssima em Diego Renan, o que tirou o lateral do jogo.
Com mais espaço, os mineiros ampliaram após boa jogada de Thiago Ribeiro (que voltou a jogar bem após três jogos) e Rômulo pela direita. Montillo tirou Victor Ferraz da jogada “como quem chupa laranja” – diria Neném Prancha. O argentino foi discreto na partida, participou bem menos do jogo do que já se viu. O responsável foi o cansaço devido ao ritmo intenso do futebol brasileiro, bem diferente do que estava acostumado. Mesmo sem jogar tudo que pode, Montillo mostrou como é fácil para ele ser diferente da maioria. Como é simples ser ótimo.
Com o pé fora do acelerador, o Cruzeiro administrou o placar no segundo tempo, contou com duas grandes defesas de Fábio e ainda conseguiu consagrar Wallyson que havia perdido um gol feito antes de fechar o placar. O Atlético Goianiense jogou 12 vezes fora do Serra Dourada e perdeu nove. Venceu apenas o Palmeiras. Quem quer ser campeão, não poderia pensar em outro resultado jogando em casa.
Contra os goianos, a Raposa fez sua obrigação. E muito bem feita. Em um campeonato de 38 rodadas vale mais ser consistente do que ser brilhante. O Cruzeiro tem momentos de brilho, como foi mostrado contra Palmeiras, São Paulo e Botafogo. A arrancada de oito vitórias nas últimas 11 rodadas não poderia ser feita apenas com momentos sensacionais. Não dar chance ao azar também faz parte da disputa pelo título e foi assim que o Cruzeiro deu mais um passo.
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