“Se concentração ganhasse jogo, o time da penitenciária não perdia uma”. A frase é do lendário Neném Prancha, ex-roupeiro do Botafogo. Neném estava absolutamente correto. Não é a concentração de 15 dias que vai fazer o Atlético se livrar da zona de rebaixamento. A equipe mineira perdeu 13 dos 22 jogos que disputou devido exclusivamente ao mau futebol, e só com bola o Galo vai sair de onde se alojou desde a nona rodada.
Não se deve esquecer a discussão sobre o projeto, única razão para manter Vanderlei Luxemburgo empregado. A má fase de Diego Tardelli, a improdutividade de Diego Souza e a saída mal planejada de algumas peças também não. Tudo isso deve ser colocado na balança ao final do ano, quando será possível medir o tamanho do fracasso - que pode não acontecer, como já dito aqui anteriormente, caso o Atlético vença a Sul-Americana e não se reencontre com a segunda divisão.
A pergunta hoje na Cidade do Galo deve ser outra: como afastar o clube de um novo rebaixamento? Concentração não vai salvar ninguém, mas é mais fácil acreditar na reação de um grupo comprometido do naquele fantasioso que acreditava ser culpa da manteiga, do despertador ou qualquer metáfora que soava mais como desculpa e fuga dos problemas reais que batiam à porta.
No discurso, o Atlético acordou a tempo. Quando se conhece o problema, fica mais fácil enfrentá-lo. Falta agora o futebol.
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