Ainda não foi contra o Grêmio Prudente que o Atlético deu mostras que o bom futebol pode aparecer. Embora tenha tido a bola nos pés durante quase todo o jogo, com a equipe paulista se resumindo à defesa e raras finalizações de média distância, o Galo foi pouco perigoso. Uma bola na trave no primeiro tempo e duas boas defesas de Giovani em cabeçadas de Fabiano e Werley, além do belo gol de Obina – já aos 42 da etapa final.
Por um lado, alívio pelos quatro pontos (um contra o Vasco e mais três domingo) conquistados em partidas que até o final se desenhavam bem diferentes. Por outro, a preocupação pelas atuações seguidamente ruins. A jogar como o fez na Arena do Jacaré, o Atlético não vencerá a maioria dos seus jogos e seguirá ameaçado de rebaixamento até o final do ano. Três pontos contra o Grêmio Prudente valem o mesmo tanto do que vitórias sobre Corinthians ou Fluminense. Para salvar o ano, o Atlético precisa de mais. Precisa de futebol.
A relação custo-benefício dos investimentos feitos só irá valer a pena caso Vanderlei Luxemburgo consiga conquistar a Sul-Americana e ser melhor que o 17º colocado no campeonato brasileiro. Vale mais a pena vencer a competição continental e apenas não ser rebaixado no nacional do que ser vice-campeão brasileiro após boa campanha durante sete meses.
No entanto, para conseguir o título e a vaga na Libertadores da América no ano seguinte, o Galo vai precisar melhorar. Mostrar jogo coletivo, entrosamento, melhor desempenho de nomes como Diego Souza, Tardelli e Serginho. A estrela de Obina, sozinha, não será o suficiente para dar o brilho que a equipe precisa. Quando estiver mais próximo de ser um time, o Atlético será mais confiável. Ainda não.
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