O jogo entre Cruzeiro e Atlético-PR foi praticamente uma cópia das outras partidas em que a Raposa fez na Arena do Jacaré e encontrou um adversário disposto a se defender a qualquer custo e contra-atacar quase sempre pensando em não gerar um novo contragolpe. Mas o esquema de Carpegiani era mais eficiente que os demais. González marcava Rômulo, Branquinho viajava Pablo, Montillo era seguido por Deivid e Paulinho anulou Thiago Ribeiro.
A forte marcação tirou do Cruzeiro a força de seu lado direito com Thiago, Montillo e Rômulo. Obrigaria Éverton, Henrique e Fabinho a saírem para o jogo e ceder espaço na defesa. Era assim que Branquinho tentava escapar com Bruno Mineiro, mas faltou fôlego ao meia que precisava se preocupar com as descidas do lateral cruzeirense. Pela segunda vez, Montillo mostrou cansaço e criou pouco. Quando saia de Deivid, parava em Neto que fez ótima partida.
Defensivamente, o Furacão esteve perfeito, mas faltou força para contra-atacar. Faltou a Carpegiani lançar Maikon Leite nas costas de Rômulo e não Guérron pela direita e inverter Branquinho deixando Maikon centralizado. Segurar o Cruzeiro em casa é missão das mais difíceis no campeonato e o Atlético mostrou que a arrancada de uma derrota nas últimas treze rodadas é consistente.
Ao time de Cuca sobra lamentação. Antes da rodada ser iniciada, o Cruzeiro era, dos três primeiros, quem tinha o confronto mais difícil. Depois de empates de Fluminense e Corinthians, os mineiros tinham a chance de fazer a diferença e recuperar pontos que não estavam nas contas. Faltava fazer a própria parte que o rubro-negro impediu tão bem.
Seguir no mesmo ritmo dos dois primeiros era, na visão dos otimistas, a lógica do sábado. O Cruzeiro não termina o final de semana como o perdedor da 26ª rodada, mas deixa, sem dúvidas, de ser o grande vencedor.
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