Há quem acredite que clássico não possui favorito. Penso o contrário. O melhor normalmente (o que é diferente de sempre) vence. O Cruzeiro tem sido superior nas últimas temporadas e derrotado o rival na maioria dos encontros. A melhora do Atlético sob o comando de Dorival Jr., com três vitórias nas últimas quatro rodadas do campeonato brasileiro, tira um pouco do favoritismo celeste.
O líder do campeonato continua jogando melhor do que o rival, tem uma defesa segura e bem protegida por três volantes de qualidade, além de Montillo – candidato a craque do campeonato. A evolução atleticana se dá por crescimentos individuais: Rever, Werley, Serginho, Obina e, principalmente, Diego Souza. Além do goleiro Renan Ribeiro, responsável por bons resultados nas últimas partidas. Coletivamente, o time de Dorival está um nível abaixo e precisará compensar a falta de conjunto durante a partida.
A força ofensiva da equipe de Cuca vem da direita com Jonathan, Montillo e Thiago Ribeiro. O Atlético treinou durante a semana com Zé Luís, Serginho, Renan Oliveira e Diego Souza no meio-campo. Domingo, acredito eu, Alê entrará na vaga de Renan. O volante que estava na Colômbia deve ser o responsável por seguir Montillo. Diego Tardelli jogaria aberto pela esquerda, nas costas de Jonathan, para evitar as subidas do lateral. Leandro fica encarregado de Thiago Ribeiro.
Mais fechado e esperando para contra-atacar, o Atlético tem Serginho como válvula de escape. Fabrício é o volante que mais avança, pela esquerda do Cruzeiro, e o confronto individual será importante no momento do contragolpe de ambos. Serginho tem Rafael Cruz, também veloz, ao seu lado, em setor importante nas últimas rodadas. Se Serginho for bem, segura Fabrício e obriga o Cruzeiro a atuar por um lado só.
Diego Souza tem liberdade para atuar a frente dos volantes e Henrique é o homem a marcá-lo. Caso Cuca opte por Gilberto no lugar de Marquinhos Paraná, Fabrício marca Diego Souza e Henrique cobre as costas de Jonathan. Diego Tardelli, mais longe da área, deve cair nas costas dos laterais, especialmente Jonathan, e ter a atenção de Marquinhos Paraná. Obina e Farias são jogadores de área e precisam ser bem servidos pelo restante do time para levar a melhor sobre os zagueiros.
Os confrontos individuais são bons para o Atlético. Por ter o conjunto menos preparado, reduzir a partida a duelos setorizados é vantajoso para a equipe de Dorival e gera o equilíbrio mencionado no início do post. O imponderável pode acontecer no futebol, independentemente do fator rivalidade. Vale lembrar que o Corinthians, rebaixado em 2007, venceu uma e empatou outra com o São Paulo, campeão brasileiro de melhor aproveitamento na era dos pontos corridos.
A intenção não é apontar o Atlético como rebaixado ou cravar o Cruzeiro campeão. É mostrar que o alvinegro, na parte de baixo, pode derrotar o rival, hoje líder da competição. Pode, o que não seria surpresa. Mas, para este blogueiro, o time celeste é favorito.
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