quinta-feira, 14 de outubro de 2010

No papel, Cruzeiro tem o direito de jogar onde quiser e com torcida única no clássico

A primeira polêmica do clássico entre Cruzeiro e Atlético no próximo dia 24 vem das arquibancadas. Ou melhor, em como os dirigentes irão definir quem poderá ocupa-las. No primeiro turno, disputou-se o primeiro clássico da história dos clubes com apenas uma torcida no estádio. O mesmo se repetirá – ou se repetiria no segundo turno.

Na ata da reunião, realizada no dia 26 de julho, consta o seguinte: “Um acordo entre os clubes e as autoridades envolvidas determinou que o jogo terá apenas a presença da torcida do clube mandante. O mesmo critério será aplicado no jogo do returno”.

A diretoria do Atlético entende que o acordo pode ser quebrado porque quem o está violando é o Cruzeiro. A diretoria do clube alvinegro afirma que o combinado era que os dois jogos seriam disputados em Sete Lagoas, na pequena Arena do Jacaré, o que impossibilita o fato das duas torcidas dividirem as arquibancadas. Neste caso, “o mesmo critério aplicado no jogo do returno” implica em disputar a partida em Sete Lagoas daqui a dois domingos.

O Cruzeiro interpreta de outra forma: o previsto era que a equipe celeste mandaria o jogo onde bem entendesse e teria direito a disponibilizar ingressos somente para o seu torcedor. Sem acordo, o Cruzeiro confirma, junto a CBF, a partida no Parque do Sabiá, em Uberlândia. Caberá ao Atlético, como visitante, solicitar a carga de 10% das entradas para vender a sua torcida.

Pode-se discutir a possibilidade de, na reunião, o acordo ter sido feito também para o Cruzeiro jogar a segunda partida em Sete Lagoas, mas isto não está escrito em local nenhum da ata assinada por Adriana Branco, diretora responsável pelo Atlético na reunião. O que consta no documento dá ao Cruzeiro o direito de jogar em Marte, e levar apenas seu torcedor, se julgar conveniente. Independentemente do acordo verbal ter sido ou não este.

Confira a ata da reunião. O trecho em destaque está no segundo parágrafo do texto.










Um comentário:

Helber disse...

Bechler, parabéns pelo blog e pelo trabalho de apuração. Suas postagens são muito inteligentes e diferenciadas. Quanto à discussão entre os clubes, minha opinião é simples: mais uma vez o Atlético, liderado pelo Sr. Kalil, está querendo criar um ambiente de hostilidade para tentar tirar proveito disso e desviar o foco da partida... Como gosta de aparecer esse torcedor que se diz presidente! Seria melhor para o próprio Atlético se o time entrasse em campo tranquilo e sem polêmicas. Quer dizer que agora o mandante não pode determinar onde será o jogo? Como você bem mostrou, não há nada escrito que prove que isso foi combinado.