segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O terceiro ato de um milagre

A marcação do Avaí, contra o Atlético, em Sete Lagoas, tinha de ser forte para que o contragolpe acontecesse. E assim foi no primeiro tempo. O time catarinense poderia até ter saído em vantagem com Roberto que perdeu gol incrível após driblar Renan Ribeiro. Com Serginho aberto pela direita e Fernandinho pela esquerda em um losango no meio-de-campo, os mineiros ganhavam a opção ofensiva no meio, mas perdia força de marcação, pouco aproveitada pelo adversário. Daniel Carvalho, que começou bem na armação enquanto Diego Souza se aproximava de Obina, foi engolido pela marcação dos volantes avaianos.

Com Neto Berola em campo no segundo tempo, na vaga de Daniel, Dorival Jr. pretendia dar mais movimentação ao time mineiro. E conseguiu. Berola abria pelas beiradas do campo (com o perdão do trocadilho, caro leitor) e levava com ele um defensor. O espaço deixado na área foi percebido por Rafael Cruz que bateu livre para abrir o placar.

O Avaí não tinha plano B. Não sabia como ter a iniciativa e reverter o marcador. Precisou sair com mais peças e deixar o trio de zaga exposto. Era tudo o que queria o time com Diego Souza, Renan Oliveira, Serginho e principalmente Neto Berola, autor do segundo gol, e poderia ter feito mais.

O Atlético venceu três nos últimos quatro jogos no campeonato brasileiro e o Avaí conseguiu a incrível marca de uma vitória (Ceará por 5×0) em 16 rodadas. A classificação mostra a equipe mineira um ponto a frente na tabela, embora o momento seja muito mais favorável ao alvinegro. Foi o terceiro ato do que parecia ser um milagre. Para confirmar a reação, o Atlético tem pela frente o Cruzeiro brigando pelo topo, prova de que a tarefa não será nada fácil.

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