Vinte minutos de bom futebol, vinte e cinco de erros e mais quarenta e cinco de pressão. Assim pode ser dividido o tempo de jogo do Cruzeiro na partida contra o Goiás. A equipe começou em alta velocidade e marcou com Gilberto aos 10 minutos.
A partir dos 20, Carlos Alberto, ala do Goiás, passa a avançar mais, obrigando Gilberto a voltar parar marcar. No primeiro tempo, o time de Emerson Leão chegava por ali, aproveitando o espaço existente no setor de Diego Renan. Na volta do intervalo, o camisa 6 passou a funcionar como zagueiro pela esquerda, Gilberto se transformou em ala e o problema defensivo foi parcialmente resolvido. Parcialmente.
Isso porque a equipe de Cuca não conseguia trocar passes, segurar a bola no ataque e sair de seu campo de defesa – tanto que finalizou duas vezes no segundo tempo. O Goiás pressionava, mas criava pouco. A marcação não foi o maior defeito do Cruzeiro, mas a saída para o jogo. O time errava e devolvia a bola para o adversário jogar.
O time mostrou no segundo tempo, uma face do Botafogo de 2007, treinado por Cuca, semifinalista da Copa do Brasil e que liderou, por boa parte, o primeiro turno do campeonato brasileiro.
A equipe carioca contava com Juninho (Gil), Renato Silva (Caçapa) e Luciano Almeida (Diego Renan) na defesa. Luciano saía timidamente como lateral. Joilson (Jonathan), Diguinho (Fabrício), Leandro Guerreiro (Henrique), Jorge Henrique (Gilberto) e Lúcio Flávio (Roger) no meio-campo. Sendo que Jorge Henrique é atacante e voltava como um ala pela esquerda para acompanhar o lateral adversário e ajudar o time a armar. Na frente, Zé Roberto (Thiago Ribeiro) pela direita e Dodô (Wellington Paulista) centralizado.
Assim como o time botafoguense de três anos atrás, o Cruzeiro, entre os parênteses, foi veloz mais uma vez com o novo treinador. Velocidade é importante, mas ter a posse da bola, para variar, será muito útil para evitar sufoco como nos dos dois jogos pós-Copa.
Um comentário:
As alterações do segundo tempo acabaram com a criatividade do Cruzeiro mas deram muita consistência defensiva.
3 zagueiros, 2 volantes, 2 alas que não apoiam e um time sem camisa 10 foi o resumo de um time que não conseguia ter a posse de bola e o que fazer com ela.
Entretanto, tirando um escanteio em que Fábio tentou dominar e deixou a bola sair, o Goiás não deu um chute a gol.
Ainda falta muito para o Cruzeiro realmente se encaixar.
Outra coisa importante: O Cruzeiro saberá mudar seu estilo de jogo para se adaptar ao novo estádio?
Contra-ataques e ligação direta serão mais eficientes do que o toque de bola no meio-campo.
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