Internacional e São Paulo começam a decidir essa semana uma vaga na final da Taça Libertadores. O time paulista vivia, em junho, um grande momento. Havia vencido o Cruzeiro duas vezes, o Palmeiras e o próprio Inter (no Beira-Rio). Já o Colorado chegou entre os quatro melhores da América eliminado o Banfield, campeão argentino, e o Estudiantes, campeão da Libertadores, mas sem nenhum brilho. Aliás, precisava de lampejos individuais dos jogadores para decidir os jogos.
Em muitos momentos de 2010, Jorge Fossati e Ricardo Gomes, técnicos do primeiro semestre, foram questionados. A diretoria do clube gaúcho bancou a troca, mesmo sem ter um técnico em vista. O São Paulo manteve o comandante, mesmo sem contrato. Mais quatro jogos, chega-se às vésperas da decisão e o quadro é o contrastante. O Internacional vem de quatro vitórias seguidas no campeonato brasileiro e tem o elenco reforçado por Tinga, Rafael Sóbis e Renan. O São Paulo conseguiu um ponto no mesmo período, perdeu Cicinho, mas poderá ter Ricardo Oliveira, em condições físicas não ideais, no segundo jogo.
Com Celso Roth no comando, o Inter passou a jogar no 4-2-3-1, com Taíson, de volta ao time e jogando bem, como um meia-atacante pela esquerda, D’Alessandro pela direita e Tinga centralizado. À frente dessa linha, Alecsandro e atrás dela Guiñazu e Sandro. O time ganhou consistência, os meias acompanham os laterais adversários, o Inter não dá espaços e sufoca o oponente. É um time que marca melhor do que na época de Fossati, tem o contragolpe mais rápido e é mais criativo e insinuante no meio.
Para derrotar a equipe gaúcha, o São Paulo precisará provar o discurso de que realmente está desmotivado no Brasileiro e mais preocupado com a Libertadores. Mais do que isso, vai ter que bater um adversário em evolução e em grande fase.
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